Jul 062016
 

arton12021-4102aComunicação da Confederação Geral do Trabalho da Catalunha

Gostaríamos de informar que recebemos a acusação do Ministério Público pelos protestos estudantis e sindicais na UAB durante a primavera de 2013, durante o qual foi ocupado o prédio da reitoria da UAB no ano 2013. Numa sucessão de imputações que descrevemos como delirantes e aberrantes, estão se acumulando pedidos de prisão que chegam a 11 anos e 5 meses pelo nosso secretário geral, Professor Ermengol Gassiot, e pedidos semelhantes para 25 estudantes e um funcionário do PAS (pessoal de administração e serviço), delegar à comissão de trabalhos do PAS pelo sindicato CAU-IAC.

O Ermengol, como delegado da Confederação Geral do Trabalho na Universidade Autônoma de Barcelona e membro do Comitê Empresarial, apoiou os alunos que ocuparam a reitoria naquele ano 2013, que posteriormente se tornou uma ocupação de todos os coletivos de luta da UAB, bem como as mobilizações universitárias ocorridas durante o curso 2012-2013. Em todas as ocasiões, manteve firme luta sindical contra a equipe do reitor anterior. Na referida ocupação, alguns professores e pessoal administrativo e de serviços (NÃO) mostraram a sua solidariedade com a sua presença no edifício, e fazendo suas aulas na reitoria.

A Universitat Autònoma de Barcelona atuou como réu privado no presente processo. É a primeira vez desde o regime franquista que uma universidade pública denuncia criminalmente um professor e membro do PAS pela sua prática político-sindical. E também é uma situação quase inédita que uma universidade pública tenha denunciado criminalmente os seus próprios alunos.

A UAB não atuou apenas como promotor privado, mas também escreveu relatórios para a polícia e perseguiu claramente as pessoas que eram contra a candidatura do anterior reitor, Ferran Sancho. Tudo isto fez do presente procedimento uma perseguição indiscriminada à luta sindical e, tão, numa clara violação do exercício dos direitos fundamentais.

Esta repressão brutal e pedidos de impostos baseados em vingança ideológica visam mimar o corpo discente, a comunidade universitária e a população em geral.

Denunciamos a perseguição ideológica na UAB contra toda oposição à política de cortes e agressões na universidade pública. Denunciamos a responsabilidade e instigação da equipe de Ferran Sancho nesta denúncia. Denunciamos as mentiras e vingança da ex-vice-reitora Sílvia Carrasco, personada como promotor privado na causa.

E lembremos que na CGT da Catalunha quando tocam em um de nós, tocam em todos nós, tão, não ficaremos de braços cruzados a ver atitudes fascistas tentarem enredar o nosso secretário-geral e 26 pessoas que simplesmente faziam uma ocupação em defesa dos direitos de todos numa universidade pública, social e de qualidade.

Confederação Geral do Trabalho da Catalunha
Secretaria Permanente da CGT da Catalunha

6 de julho de 2016

Desculpa, O formulário de comentários está fechado neste momento.