Fev 202017
 

Artigo de Oscar Murciano

Desde a chamada Transição Espanhola, tem sido evidente que o compromisso do regime com o controlo social teve um eixo principal: a assimilação de todas as organizações anti-sistêmicas à teia institucional e à paz social, o reforço dos já domesticados e o xarope da marginalização e da repressão por parte de quem não engoliu o veneno.

Focando no lado sindical, isso já é notório e não há necessidade de insistir muito nisso. bem, agora, vivenciamos as consequências desta política diariamente e não necessariamente em questões importantes, mas para cada empresa, em nossas seções sindicais, em conflitos setoriais ou específicos. Cada vez que reagimos a um destes contextos estamos a tomar uma decisão que reforça a nossa natureza não redimida ou nos aproxima da conformidade pelo atalho do derrotismo..

O arsenal sindical tinha armas diferentes, talvez o mais importante deles seja o uso da greve como medida de coerção e pressão sobre os governos, empresários ou multinacionais. A greve não é apenas o dano económico ou produtivo causado, mas especialmente também a oportunidade de desencadear o conflito fora da contenção da solução acordada e dos mecanismos de controlo, absolutamente inútil para alcançar resultados positivos. Greves são a hora de sair às ruas, desde a criação de problemas políticos e sociais até governos que nos pintam uma falsa realidade cor-de-rosa, é hora de bloquear fábricas, alterar a normalidade do sistema, atacar imagens corporativas. Em definitivo, a mudança para fazer um movimento e ativar o confronto direto além das palavras.

Artigo completo: CGT Catalunha

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